Virtual Game Station (1999)
VGS
O Virtual Game Station, ou apenas VGS, foi lançado em Janeiro de 1999 pela empresa Connectix para MacOS, como versão 1.1. A Connectix era responsável pela criação de softwares e hardwares para computadores da Apple, principalmente no campo de memória RAM. Também produziu emuladores para PowerPCs para a empresa. A Connectix foi criada por Aaron Giles e presidida por Roy McDonald. Já o emulador foi criado por Eric Traut. No mesmo mês de lançamento do emulador, recebeu uma ação da Sony por direitos autorais. Em Fevereiro a Connectix consegue ganhar a ação e continuar desenvolvendo seu emulador. A versão 1.2 é lançada em Março, também para Mac. O emulador foi o primeiro a rodar os jogos em velocidade total, e o que mais jogos tinha compatível, cerca de 377 até Março de 1999.
Também era possível ser rodado com um processador de 200Mhz e 32 MB de memória RAM. Fora isso também tinha função de memory card. Mas isso tudo tinha um preço, 49 dólares. Apesar de todo esse sucesso, a partir de Abril a Connectix não conseguiu mais lançar versões do emulador, e nem cópias adicionais das versões já lançadas, porque apesar de ter ganho o processo contra a Sony, a mesma conseguiu uma liminar para impedir a continuidade do projeto até o ano de 2000. Uma nova atualização só ocorreu em Março/Abril de 2000, com a versão 1.3, agora também para Windows. Essa versão foi criada em Setembro de 1999, mas só lançada no ano seguinte, seguindo o que mandava a liminar da Sony, ao que tudo indica.
A última e mais conhecida versão do emulador foi lançada em Abril de 2000, como a versão 1.4. Inicialmente o emulador tinha restrição para rodar apenas jogos NTSC, mas posteriormente englobou também os jogos PAL (PAL-M no Brasil). Também havia trava por região como no console, mas isso foi mudado posteriormente por hackers que conseguiram burlar esse bloqueio. E falando em hackers, esse sem dúvida alguma foi o emulador que mais modificações obteve, como uma grande quantidade de patchs, que nada mais são que programas que adicionam funções à terceiros. Os principais foram o VGS Autorun, que fazia o jogo funcionar na hora em que era colocado na unidade óptica, VGSJoy, que possibilitava configurar um joypad no emulador, CVGS, que permite rodar o emulador com resoluções de tamanho de 800x600 e 1024x768, VGS Video, que permite carregar jogos a qualquer resolução, VGS Video Patch XP, que além de suporte à várias resoluções, também permite rodar o emulador em Windows 2000 e XP e Memory Card Manager, que permite conversão das diversas extensões de salvamento dos jogos para rodarem no emulador, todos feitos por Aldo Vargas, entre outros.
Após o último lançamento em Abril de 2000, a Sony compra o VGS da Connectix e o descontinua. Os compradores do emulador tiveram suporte pela Connectix até Dezembro de 2001. A última contagem de lista de compatibilidade de jogos do emulador, que foi feita em Janeiro de 2001, contabilizou 3331 jogos no total funcionando e 203 não testados. Em 2003, a equipe de engenharia da Connectix foi contratada pela Microsoft. Em Fevereiro de 2018, Dr. Emuler converteu o emulador para rodar no Windows 10 e o traduziu para espanhol, intitulando essa a versão 1.4.2 do emulador.
ePSXe (2000)
ePSXe
O Enhanced PSX Emulator (emulador de Playstation aprimorado), ou simplesmente ePSXe, foi um dos últimos emuladores a serem criados na era de ouro da emulação de PSX, e posteriormente considerado o melhor emulador de Playstation da história. O projeto se inicia no começo do ano de 2000 pelo ePSXe Team composto por Calb, Galtor e _Demo_, criando um emulador baseado em plug-ins, igual ao PSEmu Pro, emulando CPU, GPU e SPU, que são todas unidades de processamento (do original processing unit), no caso central, gráfica e de som, além de plug-ins de CD-ROM. Vários plug-ins foram feitos para o próprio emulador, e outros criados por usuários, e até usados do PSEmu Pro. Entre as funções dos plug-ins estão desde dar suporte a Direct3D e OpenGL, passando por melhorias de efeitos e músicas, até leitura dos sete tipo de extensões de roms para o console. Os plug-ins usados foram os mesmos criados para o PSEmu Pro, de autoria de Kazzuya, Tratax, Duddie, Nik, Lewpy, Foxfire e Pete Bernert. Com o tempo esses plug-ins foram sendo atualizados e novos plug-ins também foram criados por alguns desses criadores, e também por outros criadores.
O emulador também foi feito em código fechado e com base em ATI, que trabalha com a interação de vários softwares em conjunto. Sua primeira versão é lançada em Outubro de 2000 para Windows. Em Janeiro de 2002 ganha uma versão para Linux e em Maio de 2016 uma versão para MacOS X, baseada na versão de Linux. O emulador suportava além de CD-ROM arquivos ISO. É o emulador que mais extensões de jogos roda, sendo o único, ou um dos poucos que roda a extensão PBP, que é uma compressão de tamanho de jogos de PS1 para CD’s ou dispositivos de memória ROM. Existiu também uma função no emulador de adição de patchs em formato ppf para corrigir bugs de alguns jogos, porém foram criadas para poucos deles. Também próximo a outros emuladores, o ePSXe recomendava o mínimo de 200Mhz de processador e 32MB de memória RAM para a execução do emulador. Mas para vídeo, recomendava pelo menos uma Voodoo 2, que vinha com a função 3Dfx e no mínimo 8MB de memória RAM. Em relação a bios do emulador, ela foi usada desde seu início até Janeiro de 2015, quando foi retirada para não ter problemas de direitos autorais com a Sony, já que a bios pertence a empresa.
Com isso fez a partir dessa versão existir a função HLE Bios, que permite bios não oficiais de serem usados no emulador. Ao longo dos anos o emulador teve atualizações interessantes. Entre elas a de Março de 2001, que deu suporte a SaveState, a de Agosto de 2003 que aprimorou a emulação por CD-ROM, a de Novembro de 2012 que deu suporte a gameshark, a de Janeiro de 2015 que incluiu o HLE Bios e a de Abril de 2016 que aumentava a performasse do processador do PSX para melhor execução dos jogos. Sobre outras atualizações, o fundo de sua front-end é mudado a cada nova atualização, contendo nele o número da versão atualizada. Sobre seu ícone no executável e alto da front, altera em Janeiro de 2002 e Agosto de 2003. Em relação a lista de compatibilidade do emulador, dos 3.166 jogos testados, 2.811 rodaram perfeitamente, 259 medianamente ou com alguns defeitos e 96 não rodaram. Os jogos que não rodaram ou rodaram com algum bug, foi recomendado que rodassem em emuladores como Xebra, SSSPSX e PCSX. A lista foi construída por Alex Litfiba. O emulador também contou com o apoio direto e indireto de muita gente.
Além dos criadores de plug-ins, como Lewpy, Pete, Kazzuya, Duddie e Tratax, e que o ajudaram também com suporte à áudio, vídeo e até de programação, também tiveram a ajuda de Bobbi, do site PSXEmu, e que ajudava no projeto AdriPSX, como o próprio criador do projeto, Roor, que ajudaram com documentos, parte gráfica e boas ideias, George Moralis do projeto Jackal, que o ajudou com informações, além de Jean-loup Gailly e Mark Adler pela biblioteca ZLib de compressão de dados, entre outros. Após a versão 1.6.0 de Agosto de 2003, o emulador teve um hiato de quatro anos, quando a equipe, por força dos fãs, resolve voltar a atualizá-lo em Julho de 2007, com lançamento em Maio de 2008 com a versão 1.7.0. Mais um hiato ocorre e a equipe retorna em Agosto de 2012 com o lançamento da versão do emulador para Android, e atualizando a versão para PC em Novembro de 2012, com a edição 1.8.0. Essa última versão sem dúvida alguma foi uma das mais trabalhadas e de melhor compatibilidade que existiu até aquele momento. Após isso, atualizaram o emulador com mais frequências, tendo versões em 2013, 2015, e quatro versões em 2016, sendo a de Junho de 2016 o último lançamento, da versão 2.0.5, encerrando uma história de 16 anos de emulação de PSX em computadores. A última versão para Android saiu em Março de 2024.
AdriPSX (2000)
AdriPSX
AdriPSX foi criado pelo argentino Hector San Martin, conhecido como Roor Makurosu ainda no ano de 1999. Seu nome (acreditem se quiser) veio de uma namorada que tinha na época chamada Adriana, e o juntou com a sigla PSX. Um pouco antes de Dezembro de 1999 é lançado o emulador para MS-DOS, seguido da versão Windows em Dezembro. Desde o início tinha a ajuda de Bobbi, dono do site PSXEmu que hospedava o site do AdriPSX e que fazia atualizações no site.
O emulador seguia o modelo imposto por PSEmu Pro e ePSXe, da funcionalidade por meio de plug-ins. Além de rodar jogos em CD-ROM, também executava arquivos .iso (apenas no formato .bin). A recomendação para uma boa execução de jogos era de um computador com placa de som compatível com DirectX, processador da linha Pentium ou Celeron de 300Mhz ou mais, 32MB de memória RAM, uma placa gráfica de 16bits e um drive de CD-ROM de 16x de velocidade.
Neo AdriPSX (Menus/Sobre)
Em Novembro de 2000, Roor encerra os lançamentos do emulador em modo DOS, mas retorna em Maio de 2001 por pedidos dos fãs, já que na ocasião ainda era muito comum rodar jogos dessa forma, pois usava-se mais desempenho do computador do que com o Windows carregado, principalmente de memória RAM. Acredito que essa tenha sido a última versão DOS do emulador. As versões do emulador lançadas por volta de 2001 para Windows, eram conhecidas como Neo AdriPSX. Em Junho de 2001 lança a última versão do emulador, lançando seu código fonte em Fevereiro de 2002. Em 2002, junta-se ao projeto, Juan Fazzini, que já ajudava desde início de 2001 com informações relacionadas a TCP/IP para conexão via NetPlay. No projeto, ajuda como codificador auxiliar e designer de GUI (interface).
AdriPSX ILE Edition (Configurações)
Nessa fase o emulador tem o nome alterado para AdriPSX ILE Edition. Semelhante a forma que nasceu o nome do emulador, o ILE adicionado ao nome vem do nome Ileana, uma segunda namorada que tinha na época (esse gosta de homenagear as namoradas, hein? Risos). O primeiro lançamento com ILE Edition acontece em Março de 2002. A última versão sai em Abril de 2002, adicionando, entre outros, suporte à 17 idiomas no total, entre eles o português, suporte parcial a memory card, compatibilidade de mais jogos e correção de vários bugs. Também traz a possibilidade de rodar plug-ins antes executados no PSEmu Pro (e acredito que também os do ePSXe). Essa fase teve seis lançamentos ao todo.
AdriPSX ILE Edition (Tomb Raider III)
Chegou a trabalhar no emulador até 2003 e prometeu em Junho o lançamento da versão 1.6, mas isso nunca ocorreu. Algum tempo depois, ajuda a fundar a Kaze Networking And Automation (já perceberam que gosta de usar palavras em japonês, né?), uma empresa de criação de softwares para gerenciamento de redes. Em 2005 é procurado pela GameTap para uso de seu emulador. Com isso Hector faz melhorias para o mesmo, como a não obrigação de uma bios para funcionar o emulador, configuração preestabelecida para maquinas de baixa configuração e compatibilidade com 90% dos jogos do console. Sua empresa Kaze participa como proprietária e licenciadora do emulador.
New AdriPSX (Interface/Auto Destruct/Controles)
Hector lança publicamente essa versão com o nome de New AdriPSX (Será que agora ele estava namorando uma nova Adriana? Entendedores entenderão kkkkkk) em Junho de 2009. A interface do emulador ficou também bastante diferente, e agora não mais com a possibilidade de rodar isos, apenas CDS dos jogos na unidade física de CD-ROM. Por volta de 2010/11, encerra os trabalhos com a Kaze e funda a empresa Torum, que trabalhava com a criação de websites. Em 2011 retorna ao mundo da emulação. Nessa época, tinha projeto de fazer um emulador para Nintendo Wii, e um emulador para PCs antigos para rodar em smartphones, tablets e aplicativos desktop, estimulado pelo conhecimento que adquiriu trabalhando para a GameTap. Porém os projetos não seguiram adiante. Em 2012, lança o emulador pra Nintendo DS, Duos DSEMU.
AdriPSX
No mesmo ano também retorna com o projeto AdriPSX, e lança sua última versão, no mês de Agosto de 2012. Em final de 2013 abandona todos os projetos de emulação. Após isso continua trabalhando como diretor de tecnologia (CTO).
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