quarta-feira, 29 de março de 2023

A História dos Emuladores de Atari 2600 - Parte 3

PC Atari Emulator (PCAE) (1996)


Foi desenvolvido por John Dullea em 1996 apenas para MS-DOS. Uma de suas primeiras versões lançados que tivemos acesso, foi a 1.3 em Novembro de 1996 para MS-DOS. A versão 2.0 sai em Agosto de 1997. Em Maio de 1998, lança a versão 2.1, que trazia screenshot em formato .BMP, save state e reformulava e aprimorava o sistema de som. A versão seguinte, a 2.2, sai em Novembro de 1999. Os lançamentos eram sempre muito espaçados. Sua primeira versão para Windows, a 2.3 sai em Maio de 2000 junto com a versão do DOS. A versão para Windows era conhecida como PCAEwin. A versão 2.4 também é lançada no mesmo mês. O emulador é quase todo escrito em assembly, com recursos extras em pascal, e roda em computadores compatíveis ao processador Intel 80486, ou apenas 486. Usa a biblioteca TIA de Ron Fries, que na época só funcionava em placas de som 100% compatível com Sound Blaster.


Sobre outras opções da versão DOS, temos uma ampla gama de configurações, como de teclado, mouse e joypad, além de várias configurações de outros tipos de controles, como Atari Video Touch Pad, Atari Indy 500, CBS Booster-Grip, além dos joysticks padrões do próprio console, reset, pause e depurador. Também rodava diversos cartuchos ripados, como cartuchos com vários jogos, como o cartucho brasileiro Megaboy. Na versão de Windows, além de dar suporte à todos os ítens citados, também tinha alteração de cor e fonte do menu, thumb para as roms, vários tamanhos de janela, TV type, fullscreen e gravação de vídeo em .AVI.


Em seu início, por volta de 1997, a página do site era cuidada por Matthew Conte, posteriormente criador do emulador de NES, Nofrendo. Já por volta de 2000, o próprio John cuidava da página. A última versão do DOS, a 2.5, sai em Dezembro de 2000. A partir dela começa a ser possível gravar vídeos no emulador em formato .AVI. A última versão do emulador, a 2.6 é lançada em Março de 2002 para Windows. Além do PCAE, John também criou o emulador IntvDOS / IntvWin do console Intellivision em 1999.

Atari 2600 (A26) (1996)


Foi criado por Paul Robson em 1996, como o primeiro emulador gratuito de Atari para Windows. Seu lançamento é datado de Agosto de 1996 para MS-DOS. O emulador foi escrito 100% em assembly, e emulava seus jogos apenas na placa de som, em uma época aonde muitos usavam o auto falante do computador para reproduzir jogos. Paul usou o código fonte do Stella e do VCS para criar o A26. Em Dezembro de 1996, lança a última versão do emulador, deixando o projeto de lado para se dedicar ao emulador NESA, de NES. Foram lançadas sete versões ao todo do A26.

Z26 (1997)


Criado por John Saeger em 1997 para MS-DOS e posteriormente para Windows e MacOS, sendo o último do boom dos emuladores de Atari. Seu lançamento aconteceu em Agosto de 1997 para MS-DOS e MS-DOS do sistema Windows 95. Seu emulador é baseado na versão 0.15 do A26 de Setembro de 1996 de Paul Robson.  Também teve a emulação de som baseado no TIASound, de Ron Fries, usado em outros emuladores de Atari 2600, como Virtual 2600, Virtual VCS, Stella, e outros. Z26 desde sua primeira versão sempre deixou a disposição seu código fonte. Em Fevereiro de 2003 finalmente lança sua versão para Windows. Em Junho de 2003 sai sua última versão para DOS e em Julho de 2003 para Xbox, como Z26X. Em Maio de 2004 começam a fazer lançamentos em conjunto para Windows e Linux.


Quase sete anos sem atualizar o emulador, surge uma nova versão em Março de 2011. No mês de Maio de 2011, duas atualizações, a primeira na versão 2.16, que começa a usar o modo SDL, que melhora o sincronismo de vídeo, e a segunda na versão 3.00, que também escrescenta lançamentos para Mac, e traz suporte ao OpenGL que melhora a emulação gráfica, e aVSync, que melhora a sincronização entre vídeo reproduzido e vídeo assistido. Em Junho de 2011 lançam sua última versão, ficando oito anos sem atualizando. Seu retorno se dá em Julho de 2019, subtraindo versões para Mac, e acrescentando para MacOS X, além do suporte ao SDL 2.0 que permite maior flexibilidade na alternancia de modos e sincronismos de vídeo. A última versão do emulador sai em Agosto de 2019. Z26 foi o emulador que mais front ends, devido ao seu longo tempo de lançamentos para MS-DOS em linha de comando. Entre as front ends temos a AtariFrontZ em Novembro de 1998, Z-Type em Fevereiro de 1998, FEZ26 em Agosto de 2000, ZTron2600 em Março de 2004 e x26 em Maio de 2004.O Z26 junto com o Stella é o emulador de Atari 2600 com maior longevitude.


Houveram outros emuladores de Atari, como JAVATARI, no$2k6 e pyTari. Emuladores multi-sistemas, como MESS (multi-emulador de PC’s e consoles) e Ninth Star (que também roda NES) em 2000, Emu7800 (que roda também Atari 7800) em 2003, GuineaPig (para PalmOS, que roda Sega 8 e 16 bits e PC Engine) em 2004, MAME em 2007, Bee (que também roda Coleco e SMS) em 2009 e Z64K (que também emula Commodore 65 e 128, e Vic 20) em 2015. Também rodou em outros sistemas, como Pocket VCS para Pocket PC, Ataroid para Android, PVCS para PS2, GP2600 para GamePark GP32, e CS2600 para Dreamcast.

domingo, 26 de março de 2023

A História dos Emuladores de Atari 2600 - Parte 2

Stella (1996)


O projeto Stella foi criado por Bradford W. Mott no final de 1995, ao lado de Aaron Giles, Seunghee Lee, Jeff Miller e Darrell Spice Jr. Seu nome é inspirado no codinome que o projeto criador do Atari VCS (mais tarde conhecido como Atari 2600) adotou em seu início. O emulador também ficou conhecido como An Atari 2600 VCS Emulator (traduzido como Um Emulador de Atari 2600 VCS). Seu primeiro lançamento foi em 4 de Maio de 1996, com o nome de Stella 96, apenas para Linux e sem rodar nenhum jogo. Sua segunda versão, lançada em Junho de 1996, foi apenas para MS-DOS portada por Keith Wilkins e já executando jogos. A terceira versão, lançada em Julho de 1996, além de vir com as versões Linux e MS-DOS, vinha também com as versões de UNIX/X11 de Bradford, de Windows de Jeff Miller e de MacOS de Aaron Giles. Esse foi um padrão de lançamentos que se seguiu até Fevereiro de 1997. Na terceira versão também, dava suporte à alguns jogos por meio do mouse. À partir de Setembro de 1996, em sua quarta versão, o emulador começa a se chamar apenas Stella.


Na quinta versão do emulador em Novembro de 1996, começa a dar suporte à som, adicionando o emulador de som TIASound de Ron Fries. Nessa versão, também começa a dar suporte ao sistema OS/2 por Darrell Spice Jr., lançado também simultaneamente até Fevereiro de 1997, quando é lançada a sexta versão do emulador. Em Janeiro de 1997, Jim Pragit, de fora do projeto, lança a primeira front-end para o Stella, chamada Game Menu para MS-DOS. Essa era uma conhecida front-end que dava suporte à diversos emuladores modo DOS da época. Ela era disponibilizada no site do Stella para download. Game Menu foi atualizada até Janeiro de 1998. No mês seguinte, sai a sexta versão do Stella, adicionando o modo VSync, que sincroniza os frames de vídeo. Em Março de 1997, chega a segunda front-end criada para o Stella, chamada FEFA (Front End For ATARI), agora para Windows, criada por Israel Geron, também de fora do projeto. Ela também funcionava com o emulador PC Atari Emulator. Ela é descontinuado em Julho de 2004. A versão de DOS do Stella é cuidada por Brandford à partir de Junho de 1997, com a falta de tempo por parte de Keith para tal. No mesmo mês, lança sua sétima versão, aonde adiciona dois emuladores 6507 (versão alternativa do 6502) para funções diferentes, o cartucho de expansão Supercharger e suporte à pause para as versões DOS e UNIX. Nessa fase também já dava suporte à reset, e as opções Color TV, adicionando na tela do PC as cores vistas em uma TV e Black And White, para seu jogo ficar preto e branco também com os aspectos que eram vistos em uma televisão. Em Março de 1998, a versão de Windows de Jeff se transforma em StellaX, rodando em várias versões Windows e com front-end própria.


Depois do hiato de um ano sem lançamento, Brandford lança a primeira versão beta do Stella em Julho de 1998, a 1.0b1. Nessa versão, começa a dar suporte à joypads e outros tipos de controles, à nova emulação da CPU M6502 e à paletas nos formatos NTSC e PAL. À partir de Outubro de 1998, os lançamentos acontecem simultaneamente para DOS, Linux e UNIX. Nesse mês lança a versão 1.0, com suporte às resoluções 320x200 e 320x240 para a versão de MS-DOS. Em Fevereiro de 1999, sai a versão 1.1 do emulador. Em Setembro de 1999, John Stiles cria outro port para MacOS, especialmente para PowerMac’s, ficando no lugar do de Aaron. Em Novembro de 1999, é lançada sua último front-end, o KStella, desenvolvida por Stephen Anthony para Linux e com atualização até Agosto de 2004. Em Julho de 2001, John começa também a dar suporte à MacOS X em seu port para Mac. A versão de Windows, StellaX, encerra seus lançamentos em Maio de 2000, lançando o menu options, com opção de caminho de rom, usar remo pelo mouse e modo de alto seleção de resolução de vídeo.


Em Abril de 2002, após três anos sem atualizações no projeto original, Stephen Anthony da front-end KStella de Linux, entra no lugar de Bradford como líder do projeto, e lança a versão 1.2 do emulador. Nessa versão, cria um port do emulador para SDL. Acredito que nessa fase é que as versões Linux começam a ter o KStella como front-end padrão. Nesse mês também migra a página e o projeto para o site de desenvolvimento, Source Forge. Em Maio de 2002, Stephen começa também a cuidar da versão para Windows, lançando o Cyberstella. O emulador vinha com uma front-end totalmente nova. Em Fevereiro de 2003, acabam os lançamentos para MS-DOS e UNIX. Em Julho de 2004, Stephen cria outra versão para Windows, usando a front-end do StellaX de Jeff. A partir dessa data, os lançamentos do emulador começam a ser feitos simultaneamente para Linux, Windows e MacOS X, sendo esse última criado por Mark Grebe. A versão UNIX é fundida na versão Linux à partir dessa versão. As adições dessa versão são escolha de drive OpenGL (mais tarde fazendo parte do modo renderizador), aumento de volume, snapshot, save state, modo colorido/preto e branco, modo de dificulte de jogos, entre outros. Em Outubro de 2005, o Stella para de usar os front-ends StellaX e KStella e cria um front-end padronizado para as versões Linux, MacOS X e Windows.


Já sobre suas atualizações, de 2006 em diante, dá suporte à opções de vídeo, como renderização por meio de Direct3D, OpenGL e OpenGLES, zoom de tela, fullscreen, opção de mudança de paletas de cores para do emulador Z26, TV Effects, com mudança de textura e ruídos, se assemelhando à tela da TV e customização de paletas, com alteração em contraste, gamma, brilho e saturação. De som, como mudanças de frequência de saída e do som original do console, alteração de hz, qualidade e fragmentos e alteração de dispositivos de áudio. De emulação, como velocidade de emulação, turbo mode, fast SuperCharger load, VSync e depurador. De jogo, como informações do cartucho, alterações de tipo de cartucho, entre som stereo e mono, de tipo de cor de TV, de dificuldade de jogo, de tipo de controlador de jogo e de formato de tela (ex NTSC). Além de cheat mode, menu próprio para os snapshots (os instantâneos), com várias opções para a função, alteração de caminhos para save state, cheats, paletas, roms e snapshots, save state, configuração de diversos controles, alteração do TIA, com opção de chips específicos para determinados jogos e customização de um chip próprio. Entre muitas outras funções.


Sobre sua front-end, passou por diversas mudanças ao longo dos anos. Destaco as principais, como tamanho da janela e a expansão de menus à partir de então em Janeiro de 2007. Mudança das cores preto e verde para bege, bege claro e laranja escuro em Agosto de 2007, se tornando as cores padrões até os dias de hoje. Diminuição da janela e fonte menor e sem negrito em Março de 2008. Aumento da fonte das letras e busca de rom na tela principal em Janeiro de 2009. Modificações na aparência do menu options em Dezembro de 2018. Negrito retornando às letras em Março de 2020. Aumento da tela com opção lateral para snapshots e informações de roms em Janeiro de 2021. E botões inferiores passando a se agruparem em um único botão no alto da front em Junho de 2022. Basicamente a front-end permanece a mesma por 12 anos, entre 03/08 à 11/20. A front também começou a receber mudança de interface, com modo GP2X em 01/07, modo Clássico, Padrão e Light em 12/18 e modo Dark em 10/20. Há também algumas datas do projeto que são importantes de se destacar, como Maio de 2008, com a adição do sintetizador de voz e música AtariVox. Janeiro de 2009, com suporte às versões de 64bits do emulador. Julho de 2017, quando o site do projeto migra do SourceForge para o Github. E Fevereiro de 2018, quando começa a emular o console Atari 7800. Várias outros influenciadores ajudaram ao longo do tempo o projeto, como Ron Fries, com sua biblioteca TIASound, Dan Boris, criador do Virtual Super System de Atari 5200, com informações técnicas sobre o cartucho de expansão Supercharger, entre outros.


O emulador acabou se tornando o mais famoso a emular o Atari 2600, o que o fez ganhar muitos outros ports, como para os computadores Atari Falcon, Atari ST, Atari TT e Amiga, os sistemas Linux, Android e Windows Phone, além de consoles como Xbox, Dreamcast, PS2, PS3 e Nintendo Wii e portáteis como PSP, Nintendo DS e GP2X. Atualmente Stephen cuida do projeto junto com Christian Speckner e Thomas Jentzsch, que compõem o atual Stella Team. A última versão do emulador saiu em Junho de 2022. Em 2014 começa a fazer parte do multi-emulador OpenEmu, que rodava diversos consoles da Sega, Nintendo, Atari e NEC para MacOS. Stella é lançado simultaneamente há 26 anos, com um total de aproximadamente 108 versões lançadas, sendo um dos emuladores há mais tempo sendo desenvolvido e com uma das maiores quantidades de versões lançadas para um emulador de console. Se quiser saber mais detalhes sobre atualizações do emulador e front-end e suas datas, acesse livesaleatorias.blogspot.com.

- Ao longo dos anos, o emulador sofre diversas mudanças, começando por Dezembro de 2006, quando adiciona a opção múltiplos snapshots.

- Em Janeiro de 2007, tem a primeira grande atualização de sua front-end e do emulador em si, aumentando o tamanho da front e expande seus menu, com o modo vídeo, com opção de zoom de tela, fullscreen, VSync e paletas de cores como do emulador Z26, por exemplo, além de trazer de volta a opção de drive (aqui chamada de renderizador) com opção de OpenGL, modo de som, com controle de HZ de frequência de saída e de frequência do TIA (som original do console, além de tamanho de fragmento (mais tarde chamado de amostra), modo input, com save state e configuração de diversos controles, modo IU, com opção de mudança no tamanho da janela da front-end e alteração de interface para a do GP2X, agrupa as funções caminho de rom e snapshots em um único modo, o modo arquivos e instantâneos, o modo ajuda com teclas de atalho, além dos modos cheat mode e propriedade de jogo, entre outros.

- Em Agosto de 2007, muda a front-end das cores preto e verde para bege, bege claro e laranja escuro, além de adicionar o modo configuração de arquivos, o antigo arquivos e instantâneos, com os caminhos para save state, cheats, paletas, roms, snapshots e outros.

- Em Março de 2008, diminui o tamanho da front-end, tira o negrito da fonte e habilita o modo propriedade de jogo, inativo até então, mostrando informações do cartucho, com alteração de tipo de cartucho, entre som stereo ou mono, tipo de cor de TV, dificuldade de jogo, tipo de controlador de jogo, formato de tela (ex NTSC) entre outros.

- Em Maio de 2008, adiciona suporte ao sintetizador de voz e música AtariVox.

- Em Janeiro de 2009, aumenta a fonte de suas letras e adiciona a opção de filtro de rom, para encontrar os roms na tela principal com mais facilidade, além de começar a dar suporte às versões de 64bits do emulador.

- Em Junho de 2009, adicionar o modo TV Effects, com textura, ruídos e outras opções para se assemelhar à uma tela de uma TV clássica. Em Dezembro de 2011, o modo configuração de arquivos muda de nome para modo configuração de caminhos.

- Em Fevereiro de 2013, deixa apenas o controle de HZ de som padrão, o de saída.

- Em Junho de 2013, cria um menu próprio para os snapshots (os instantâneos), com várias opções para a função.

- Em Julho de 2014, adicionada os renderizadores Direct3D e OpenGLES 1 e 2.

- Em Julho de 2017, o site do projeto migra do SourceForge para o Github.

- De 2018 em diante, o emulador volta a ter diversas adições em suas atualizações, começando por Fevereiro de 2018, emulando o Atari 7800, a criação do modo desenvolvedor, com opção de carregamento de rom e CPU, mudança de console (entre 26k/78k), alteração de vídeo em efeitos e cor, opção maquina do tempo com mudanças em frames e outros e modo de depuração.

- Em Junho de 2018, os lançamentos para MacOS X são substituídos pelos de MacOS.

- Em Dezembro de 2018, a mudança foi principalmente no campo da estética, mudando o modo IU para modo de interface de usuário, e adicionando alteração de tema entre clássico (o antigo preto e verde de 2005), o padrão (usado desde 2007) e o preto e branca (chamado de light), além de modificações na aparência do menu options, mudando a seleção de rom na página inicial de verde para vermelha e adição de qualidade de reamostragem no menu de som.

- Em Março de 2020, muda a fonte da lista de roms para negrito, adiciona a opção de alteração do TIA (vídeo do console) no modo desenvolvedor, com opção de chips específicos para determinados jogos e customização de um chip próprio.

- Em Abril de 2020, o modo de configuração de caminhos deixa de existir e a alteração de caminho de rom passa para o modo interface de usuário.

- Em Junho de 2020, juntam o modo vídeo e áudio, e adicionam nele customização de paletas, com alteração em contraste, gamma, brilho, saturação e outros, além de criarem o modo emulação, com as opções velocidade de emulação, VSync, turbo mode, fast SuperCharger load, entre outros.

- Em Outubro de 2020, cria o tema dark (cinza e preto) para front-end no modo interface de usuário e adiciona a opção de alteração de dispositivo de áudio.

- Em Janeiro de 2021, expandem o tamanho da front-end, deixando opção no lado direito para exibição de snapshot e informações técnicas da rom.

- E finalmente em Junho de 2022, agrupa todos os antigos botões inferiores da front em um único botão de options no canto superior esquerdo, além de adicionar o renderizador Direct3D11, entre outros.


Venha conhecer a história do Stella em vídeo no nosso canal no YouTube.

quinta-feira, 23 de março de 2023

A História dos Emuladores de Atari 2600 - Parte 1

Activision's Atari 2600 Action Pack (1995)


Foi uma coletânea que começou a ser desenvolvida em Junho de 1994 por Michael Livesay para a Activision, para emular jogos de Atari 2600. Mike trabalhava na LTI Gray Matter desde seu início, em 1992, uma divisão de sua empresa de jogos chamada Livesay Technologies Incorporated, que por sua vez foi criada em 1986. Mike estava no mundo dos jogos desde 1980, estando por trás de vários títulos para computadores. Posteriormente, também trabalha com jogos para consoles. A Action Pack é considerada a primeira emulação funcional de um console caseiro. A coletânea é lançada por volta de Março de 1995 para Windows 3.1. Houveram duas versões dessa coletânea lançadas para Windows 3.1, depois relançadas em CD-ROM com melhorias para Windows 95, e por fim relançadas para Windows 3.1, 95 e Macintosh. Já a terceira coletânea foi lançada apenas para Windows 3.1 e 95. Todas lançadas no ano de 1995.


As coletâneas foram divididas em quinze jogos na primeira edição, contendo títulos como Boxing, Crackpots, Freeway, Hero, Pitfall e River Raid, quinze na segunda edição, com títulos como Enduro, Keystone, Ice Hockey e River Raid II, e onze na terceira edição, com títulos como Breakout, Combat e Night Driver. O emulador contava com pause, reset, alteração de dificuldade, controle por teclado e joypad, som e volume PCM e FM e outros. Apenas os Pack’s 1 e 3 disponibilizavam regulagem de som, com opções de desabilitado, mais rápido e mais preciso. O emulador também tinha o modo Mom, que simulava a voz de uma mãe chamando o filho. Algo para não deixar a criança jogar por tanto tempo. Você podia regular entre raramente (chamando a cada 10 minutos) e constantemente (chamando a cada 30 segundos). Além disso, disponibilizava resumo do jogo, como jogar, dicas, pontuações e a história de criação de cada jogo. O emulador foi desenvolvido com dois emuladores internos, o emulador de 6507, que é uma versão mais barata do processador central 6502, e um emulador de som com base na biblioteca sonora TIA. Para uso do emulador era recomendado um computador com processador 486. Recomendava-se também uma placa sonora Pro Audio Spectrum 16 com os drivers de som mais recentes.


O emulador do Action Pack não permitia carregamento de roms externas, apenas as que vinham com o CD. Porém, terceiros criaram o Action Pack Plugin Hack, que permitia a execução de outras roms no emulador. Esse programa era compatível apenas com a versão Mac do emulador. Em 1995, a Activision também desenvolveu uma coletânea de jogos de Commodore 64 para Windows. Em 1996, relançam todas as coletâneas de Atari e Commodore 64 em um único CD para Windows. Mike volta a participar de uma coletânea de Atari, agora não só como programador do emulador, mas também como gerenciador do projeto, em A Collection of Activision Classic Games for the Atari 2600 (ou seja, coleção de jogos clássicos da Activision para A26), dessa vez lançada para PSX em 1998, com trinta jogos ao todo. A coletânea vinha com uma intro mostrando os jogos que disponibilizava. Na tela de escolha, tinha uma interface bem interativa, com os jogos do lado direito como em um suporte de mesa para cartuchos, a TV ao lado esquerdo mostrando demonstrações dos mesmos e em cima da televisão o console que tinha a fita modificada cada vez que você trocava de jogo.


A última participação de Mike na empresa é no lançamento de A Collection of Classic Games From The Intellivision para PSX em Setembro de 1999, aonde também atua na construção de seu emulador. Na época já existia o sucesso do Intellivision Packs lançado em 1997 pela Intellivision Productions, por tanto esse emulador de Mike não apareceu em outros lançamentos. A Activision lança mais uma coletânea de Atari 2600, a Activision Anthology, em Novembro de 2002 para o PS2, mas já sem a presença de Mike. Essa versão é semelhante à de PSX, só que com mais coisas na mesa ao lado da TV e porta-jogos, como rádio, joystick, revista da Activision com o nome dos programadores da coletânea, bebida enlatada, telefone de discar e o videogame na frente da TV. Um outro diferencial é a trilha sonora pop/rock anos 80 que acompanha os jogos. Tudo isso tenta te deixar inserido na época de vida do console.

Fora do projeto de emulação do Atari 2600, Mike está no mundo dos jogos desde 1980, produzindo jogos para PCs, como para Apple II, como Miner 2049er (1982), Ming' Challenge (1982), The Heist (1983), Miner 2049er II (1984), Bruce Lee (1984), e outros. Miner 1 e 2 e The Heist foram criados pela empresa de Mike, a Livesay Computer Games, criada em 1982. Por volta de 1986, cria a Livesay Technologies Incorporated, trazendo jogos como Security Alert (1990) para Commodore 64, Sid Meier's Civilization II (1999) e Gex 3: Deep Cover Gecko (1999) para PSX, entre outros. Em Janeiro de 1992, é criada uma divisão da empresa, chamada LTI Gray Matter, e é por ela que Mike cria o emulador de Atari 2600. É a empresa que também cuida das coletâneas A Collection of Classic Games de Atari e Intellivision citadas aqui anteriormente, nos anos de 98 e 99, e a produção de jogos próprios, como Gex: Enter The Gecko (1999) para PSX, além de jogos com a presença de Mike, como Tony Hawks Pro Skater 2 (2000) para PSX, aonde atua na produção/programação/engenharia, e os jogos Tony Hawk's Pro Skater 2 (2000) e Spider-Man (2000) para PSX, Spider-Man (2002) para PS2, X2: Wolverine's Revenge (2003) para PS2, aonde Mike participa da programação/engenharia, dentre outros. O último jogo lançado pela empresa foi Mercenaries 2: World in Flames (2008) para PS3. 

Venha conhecer a história do Action Pack em vídeo no nosso canal no YouTube.

X2600 / Virtual 2600 (1996)


Começa a existir no início de 1996, por Alex Hornby enquanto ainda estava na Universidade de Warwick. Alex teve a ajuda de Dan Boris para a criação do projeto. Dan acaba lançando primeiro o projeto em versão MS-DOS com o nome de Virtual VCS, durando apenas 2 meses, de Junho à Julho de 1996. O primeiro lançamento do X2600 ainda como beta ocorreu em Agosto de 1996 para Linux. No início se chamava X2600, trocando o nome para Virtual 2600 no segundo beta, também em Agosto. Em Dezembro de 1996, adiciona ao emulador a biblioteca sonora TIA. Em Fevereiro de 1997, é lançada a versão para Amiga, portada por Matthew Stroup. Seu lançamento oficial, podemos assim dizer, ocorre de fato apenas em Março de 1997 para UNIX, com um port para SVGAlib, que faz o emulador funcionar em Linux e FreeBSD.


A versão MS-DOS é portada em Março de 1997 por Dan Boris e também lançada junto com a versão oficial do emulador na mesma data em questão. Em Abril de 1997, sai a versão para RiscOS por Ian Molton. Versões para MacOS e BeOS chegaram a ser iniciadas respectivamente por Rob e Triquet Benoit, mas nunca foram lançadas. Virtual 2600 nasceu com cógido aberto. Era um projeto que ainda estava em fase de aprimoramento. Na versão de Março de 1998, muito provavelmente começa a dar suporte à som. Ele exigia salto de quadros por segundos caso fosse executado com som, do contrário poderia ser executado sem esse salto. Em Abril de 1998 lança sua última versão, quando encerra o projeto por falta de tempo.

Virtual VCS (1996)


Foi lançado em Junho de 1996, com versão estável em Julho do mesmo ano por Daniel Boris, conhecido apenas como Dan Boris. Foi o primeiro emulador gratuito modo DOS de Atari. O projeto foi um port do emulador X2600 de Alex Hornby, mais tarde chamado de Virtual 2600. Foi o primeiro projeto de emulação que Dan se envolveu, e como seu projeto fonte, também era de código aberto. O emulador corrigiu vários problemas de seu antecessor.


Uma curiosidade, ele rodava roms que eram executadas no Activision Action Pack. Apesar das inovações, era um emulador bastante lento e não tinha som. O emulador é descontinuado meses depois, por conta da chegada de emuladores melhores que os dele, tendo sido sua última versão em Julho de 1996, totalizando quatro lançamentos ao todo. Em 2003 é ressucitado por Fabrizio Zavagli, e portado para o portátil GamePark GP32, como VCS32.

A História dos Emuladores de Nintendo 64 - Parte 4

Mupen64 / Mupen64Plus (2001) Mupen64 é o último grande projeto da era de ouro da emulação de N64 a ser criado. O projeto começa no ano de 20...

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