RetroArch
Tudo começou em 2010, quando o noroeguês Hans-Kristian Arntzen, o themaister, criou o projeto SSNES, que criava uma front-end para emulador BSNES, o trazendo como núcleo para o biblioteca API LibSNES, aonde era acessado, lançando-o em Maio de 2010 para Windows. O LibSNES também era uma biblioteca acessível para outras front-ends. A ideia do libsnes evoluiu, e nasceu a API LibRetro, expandindo essa ideia para além do BSNES. Em Abril de 2012, é lançado o RetroArch (algo como arquivo retrô), que era a junção do LibRetro e da front-end SSNES, agora também chamada de RetroArch, um multi-emulador para Windows. Sobre os consoles, portáteis e PC’s que são executados no emulador, temos todos os consoles e portáteis da Nintendo até o Wii/3DS, e também todos da Sega, Atari e NEC (como por exemplo PC Engine). Os consoles Odyssey 2, ColecoVision, Vectrex, PS1 e 2 e 3DO. Os portáteis NG Pocket series, WonderSwan series e PSP. Os PCs Amstrad CPC, Commodore 64, Atari Falcon, MSX 1 e 2, ZX Spectrum, ZX81, e todos os computadores da Thomson, além de quase 100% dos arcades produzidos nos anos de 1980 e 1990, e alguns arcades produzidos nos anos 2000, reproduzido-os através dos emuladores MAME, MESS, FB Neo e FBA.
RetroArch (Lakka)
Em Janeiro de 2014, menos de dois anos depois, RetroArch já estava em sete plataformas diferentes, ou seja, sistemas de hardwares fixos e portáteis com as maiores variedades possíveis de execução. Falando em sistemas, temos uma gama de sistemas operacionais aonde o software rodou. Entre eles os mais clássicos Windows, MacOS X, Linux e Ubuntu, além do RetroPie. Os consoles PS2, 3 e 4, Xbox, Xbox 360, One e Series, Nintendo Wii, Wii U e Switch. Os portáteis PSP, PS Vita, Nintendo 2 e 3DS. Sistemas móveis e portáteis, como Android, iOS, BlackBerry, OpenPandora, OpenDingux, e GCW Zero. E até na Steam (serviço de jogos online), através do Steam Link. Falando em Steam, começa a fazer parte da mesma em Julho de 2019. Em Julho de 2014, a front-end do emulador ganha um sistema operacional próprio, o Lakka. Desenvolvido pela comunidade LibRetro, Lakka foi construído em cima do próprio RetroArch, sendo baseado no sistema Linux LibreELEC, que por sua vez foi criado para rodar o media center, Kodi.
RetroArch
Ao todo temos a rodagem de 28 consoles, 15 portáteis, 19 PC’s, e por volta de 200 arcades no software. Sobre emuladores, além dos já citados, temos conhecidos na cena, como 4DO, Stella, Handy, Nestopia, Higan, mGBA, VisualBoyAdvance, Dolphin, Picodrive, Genesis Plus GX, PPSSPP, PCSX-ReARMed, Snes9x, uoYabause, entre outros. Vários de seus emuladores foram oriundos do projeto Mednafen. Em relação a características particulares de emulação, temos, entre outros, plug-ins de áudio para equalização, reverberação de som, e outras funções. Recursos avançados de save states. Rebobinar partidas quadro a quadro. Além do suporte às API’s OpenGL e Vulkan, dando diferentes suportes gráficos aos emuladores. Sobre Vulkan, foi um dos primeiros sistemas/softwares a implementá-la, fazendo-o no mesmo dia de seu lançamento, em Fevereiro de 2016. Em relação a problemas, uma de suas maiores críticas é a dificuldade de configuração dos emuladores e roms, por conta das numerosas opções disponíveis para o usuário. Em contra partida, também é elogiado por diversos recursos avançados que possui.
RetroArch: VBA Next e bSNES
Em Novembro de 2016, por conta de custo com desenvolvedores que ajudaram o projeto, e os próprios serviços online de netplay, estariam entrando, juntamente com o sistema Lakka no Patreon para ressarcir custos. Em Dezembro do mesmo ano, a equipe do RetroArch, conhecida como The LibRetro Team, teria sido procurada pela GoGames, que produz jogos pra Sega, para usar o RetroArch no projeto Sega Forever, mas isso acabou nunca ocorrendo. Sega Forever foi um projeto que distribuiu seus antigos jogos para compra e execução em sistemas operacionais modernos. A última atualização do emulador se deu em Maio de 2021. RetroArch também teve uma bifurcação, o RALibRetro, lançado em Abril de 2018 também pelo The LibRetro Team, criando a possibilidade de conquistas nos jogos, ou seja, desafios que se superados trazem recompensas. O projeto ainda se encontra em desenvolvimento, e sua última versão foi lançada em Outubro de 2020.
Phoenix (2014)
Phoenix
Phoenix (3DO/Road Rash)
O projeto Phoenix, conhecido também como PhoenixEmuProject, é iniciado pelo russo Maxim Grishin, o Altmer, em Agosto de 2006 com o objetivo de emular o console Atari Jaguar. Na ocasião fazia parte do projeto FreeDO também de Atari Jaguar, e foi ajudado pelos membros do projeto em seu emulador. Ele tinha a esperança de refundar o emulador FreeDO, mas acabou não obtendo apoio do grupo, e então seguiu seu projeto sozinho. O nome Phoenix se deve ao jogo Phoenix 3 para o console que Altmer ganhou junto com o console em sua infância.
Phoenix (ColecoVision/Antarctic Adventure)
Phoenix (Sega Master System/Monaco GP)
Phoenix (SG-1000/Wonder Boy)
Phoenix (Game Gear/Batman Returns)
Phoenix (Atari Jaguar/Rayman)
O emulador só acaba sendo lançado oito anos após seu início, em início de 2014 para Windows e Linux. Nessa ocasião, Altmer já havia reescrito o emulador do zero. O emulador consegue desenvolver 100% de compatibilidade com os jogos do console. Em Abril de 2016, se torna um emulador multi-consoles, agregando a emulação do Master System, Game Gear, ColecoVision e Atari Jaguar (os três primeiros com a mesma base de processamento de hardware), sendo o último adicionado em Maio de 2017. Todos os emuladores rodaram quase 100% dos jogos. Seu último lançamento é datado de Junho de 2017. Chegou a ter versão para MacOS X em Janeiro de 2018. De Fevereiro de 2016 à Novembro de 2019, é lançado com versões separadas de cada console (exceto SMS e GG que são lançados juntos) para Android.
Outros Emuladores
OpenEmu
PicoDrive e Kega Fusion também foram multi-emuladores, porém, por não abrangerem consoles de outras empresas além da Sega, achei melhor não trazer para essa parte específica da matéria. Outros emuladores também seguiram caminhos parecidos aos citados acima.
RetroCopy e VDMGR
SmartGear
DSP Emulator (também para Linux) (que emula computadores e o ColecoVision), emulator (roda NES/SMS/GG/GB), Ninth Star (roda NES e Atari 2600), RetroCopy (roda SMS, NES, MD, GG, SG-1000 e o arcade Sega System E), SmartGear (roda GB, GBC, NES, GG, SMS, TurboGrafx 16 e MD), YAME (roda NS, SNES, GB e TG-16), Mimic (roda arcades de 1978 à 88 e os consoles SMS, GG, Coleco, SM3, MD, e quase suportaram NES e S-CD), OpenEmu (roda Sega 8 e 16 bits, Nintendo 8, 16, 64 bits, GB, GBC, GBA, VB e DS, NEC PCE, PCE CD, TG-16, TG-16 CD e PC-FX, Atari 2.6k, 5.2k, 7.8k e Lynx, Coleco, INTV, Vectrex, Sony PSX e PSP, NG Pocket e WonderSwan), VDMGR (roda NES, NG Pocket, Sega SG1, SMS3, Coleco, além de computadores com MSX e outros), entre outros.
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